Quando comecei o blog não tinha este nome (nem sei bem como começou, só a razão deste grande intervalo). Não tinha uma vontade doida de somar leitores. Não pensei fazer dele uma empresa. Não tenho jeito para fazer dinheiro com o que me realiza. Mania infeliz. Confesso. 



Bom, hoje vim aqui, arquivei tudo o que estava para trás (não tive coragem de apagar!) e fiz de conta que era a primeira vez. Em bom rigor, pode ser visto assim. Todos os dias podem ser o primeiro ou o último de qualquer coisa.
Nesta ausência, os dias trouxeram-me acontecimentos. Mesmo quando nada se passa já é passar-se alguma coisa. Os momentos a fugir-nos pelas mãos sem aproveitamento. Tive muitos.
Pelo meio, houve (talvez) a pior fase da minha vida, histórias que vão para o álbum de fotografias (só se constroem com o melhor da vida), não voltei a amar, apaixonei-me várias vezes, conheci pessoas certas, outras desnecessárias, algumas entraram na minha vida e ainda bem, outras saíram e ainda bem, também.
Escrevi um livro, daqueles sonhos que achamos nunca passar da almofada, fui com ele à vila que me viu nascer e tive uma das tardes mais marcantes e maravilhosas da minha vida.
Os tempos fazem-nos e provocam transformações. Percebemos mais tarde quando lidamos com uma situação de maneira diferente. Olha, nem pareço eu. Hoje, naturalmente, sou outra sendo eu própria. E gosto mais.
Mas sim: tenho dias


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