Há uma imagem dela quando tinha 25 anos e estava em Paris. A cidade fica-lhe bem. Este ar
irreverente, sempre a fitar o momento a seguir com a provocação própria. Um ar tão dela que não é propriamente de se encontrar ao virar da esquina.
Talvez
o meu primeiro palavrão tenha saído depois de ver um programa dela (que, de
resto, sempre sonhei apresentar). Apetecia fugir da norma como se nada fosse.
Anos mais tarde, o Gonçalo, fala-me dela. O Gonçalo, privou com ela. O Gonçalo
que editou o meu livro e confiou em mim anos a fio de olhos fechados.
Não achei
nada estranho que se conhecessem porque ele é ele. E só o sabe quem teve a
oportunidade de, como eu, ter tido o Universo do lado a dar um empurrão para
que nos cruzássemos numa manhã que, se não fosse o (a)caso, seria um dia qualquer.
Irrita-me (em bom) que ele tenha tocado em cada lugar e pessoa que admiro, que sinta mais e melhor o Brasil do que eu, que tenha passado anos a viver entre cá e lá, que detecte um talento sem que ainda o próprio saiba.
Irrita-me (em bom) que ele tenha tocado em cada lugar e pessoa que admiro, que sinta mais e melhor o Brasil do que eu, que tenha passado anos a viver entre cá e lá, que detecte um talento sem que ainda o próprio saiba.
Com uma educação médio conservadora, tinha tudo para que a Fernanda me passasse
ao lado, mas, sou sua fã de carteirinha desde o primeiro momento.
Fui-me
actualizando mais e mais. Porque ela é assim. Sempre a fazer coisas. O cérebro
a efervescer de ideias para dar e vender. A pôr tudo num virote com a saia
justa (expressão que adoro)!
Não
foi engano, falo dela no presente. Engano foi o momento de ontem (no Brasil, com
49 anos) que se apoderou da pessoa errada.
Vai estar sempre aqui.
Com esse jeito de ser, de dizer, de fazer.
Em bom brasileiro: você é FODA. Continua.
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